quarta-feira, 3 de julho de 2013

Do vapor ao motor de combustão interna



A roda foi o primeiro elemento do automóvel moderno criado pelo homem. Diz-se que foi inventada em 3.500 a. C nas redondezas do Mar Negro, e era usada em carroças puxadas por cavalos e vacas. Em particular, estas desempenharam um papel importante no transporte de pessoas até ao início do Século XX devido à sua velocidade e conforto.
Uma nova fonte de poder chamou a atenção das pessoas, quando no século XVIII, na Grã-Bretanha, teve início a Revolução Industrial. Trata-se do motor a vapor - que utilizava a ebulição e o arrefecimento da água para impulsioná-lo. Na década de 1820, os veículos já eram equipados com estes motores. E em cidades, como Londres, começaram a surgir os autocarros de passageiros movidos a vapor. Mas nessa altura, os potenciais benefícios do automóvel ainda não eram totalmente conhecidos.
A lei da Bandeira Vermelha, criada na Grã-Bretanha em 1865, foi a maior prova dessa falta de conhecimento. Esta obrigava que uma pessoa fosse à frente dos automóveis com uma bandeira vermelha, de modo a prevenir que estes assustassem cavalos e condutores de carruagens. Essencialmente, esta lei significava que os automóveis estavam proibidos de viajar mais rápido que uma pessoa. A Lei da Bandeira vermelha serviu para atrasar o desenvolvimento do automóvel no Reino Unido, deixando o país para trás face aos outros.
Entretanto nos Estados Unidos e na Europa Continental, surgiram os motores elétricos e a gasolina, permitindo um aumento no desenvolvimento automóvel. O inventor alemão Nikolaus Otto criou, em 1861, o primeiro motor de combustão interna á quatro tempos.
Os quatro tempos usados pelo motor Otto eram a admissão, compreensão, explosão e escape. De maneira menos científica, estes motores eram também conhecidos por “suga, espreme, explode e sopra". Foi esta invenção incrivelmente eficiente que levou ao crescimento explosivo da popularidade dos motores a gasolina.
Olhando para a história do automóvel movido a gasolina, é importante frisar três engenheiros cujas contribuições foram fundamentais: Gottlieb Daimler, Wilhelm Maybach e Karl Benz. Em 1886, Benz registrou a patente para o veículo com motor a gasolina. Um automóvel de três rodas conhecido como Benz Patent Motorwagen. Por coincidência, no mesmo ano, Daimler e Maybach completaram a sua carruagem a motor Daimler.
Foi através da criação destes dois veículos que começou a história dos automóveis movidos a gasolina. Devido a este crescimento, por volta de 1900, os veículos movidos a vapor, os motores elétricos e a gasolina competiam entre si para provar qual seria o mais eficiente. Mas em 1901, quando foram descobertas vastas reservas de petróleo no Texas, Estados Unidos, foi o início do fim para outros concorrentes. Assim que o petróleo barato se tornou acessível a todos, a maior parte dos engenheiros focou os seus esforços no desenvolvimento de melhores automóveis movidos à gasolina. A era do motor de combustão interna vinha para ficar.
Foi na década de 20 que começaram a ser feitas as primeiras corridas de carros, permitindo uma rápida evolução da tecnologia no sector automóvel - que continua a dar frutos.

Fonte: http://isabe.ionline.pt

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